sábado, 31 de julho de 2010

Instinto animal

Como os animais de estimação conseguem adivinhar que seus donos estão chegando? Para um polêmico cientista inglês, os bichos têm um sexto sentido que lhes permite sentir coisas que nós não percebemos.
por Dagomir Marquezi
Quem já não se deparou com uma coincidência incrível, daquelas que fazem a gente pensar se há alguma razão sobrenatural para aquilo ter acontecido? Algo como você ligar para um amigo e ouvir que ele estava pensando em ligar para você naquele momento, ou encontrar com uma pessoa que você não via há muito tempo bem no dia em que sonhou com ela. Para o biólogo inglês Rupert Sheldrake, essas ocasiões são mais que simples acasos. Ele defende que acontecimentos como esses ocorrem nos raros momentos em que nos conectamos a uma forma de consciência primitiva, que o processo civilizatório calou há muito tempo. Para Sheldrake, a forma mais fácil de comprovar a existência dessa outra inteligência é observar os animais, que ainda dominam e utilizam cotidianamente esse sexto sentido.

Antes de entrar nas teorias de Sheldrake, é bom apresentá-lo. Para grande parte dos cientistas suas idéias não passam de esoterismo. Mas o biólogo tem credenciais cunhadas nas casas mais nobres da ciência. Formado em Ciências Naturais pela Universidade de Cambridge e em Filosofia pela Universidade de Harvard, Sheldrake tem ainda o título de PhD em Bioquímica (também de Cambridge). Mas, decididamente, ele não segue os passos de seus mestres. Seus livros levam a sério temas banidos da academia, como fenômenos “paranormais” e espiritualidade. Para ter uma idéia do tipo de crítica que suas idéias geram, basta dizer que John Madox, ex-editor da revista Nature, propôs que os livros de Sheldrake deveriam ser sumariamente queimados. “Ele merece ser condenado pela exata mesma razão que o papa condenou Galileu: como um herege”.

Para acirrar ainda mais a controvérsia, Sheldrake critica abertamente alguns dos pilares do método científico, como a necessidade de ambientes controlados para reduzir o número de variáveis em um experimento e a validação de um resultado somente se ele puder ser repetido nas mesmas condições. Para Sheldrake, isso gera um artificialismo que desmerece os resultados. “Essa visão”, diz o controverso cientista, “data do século XVII e deriva da teoria de René Descartes de que o Universo é uma máquina. Animais e plantas são vistos como autômatos programados. A natureza precisa ser encarada de forma menos mecanicista e utilitária”, afirma.

Foi com base nessas premissas que o biólogo pesquisou e escreveu o livro Cães Sabem Quando seus Donos Estão Chegando. O livro, um best-seller, é uma compilação de casos – alguns acompanhados mais de perto e outros mais à distância – de animais de estimação que demonstram poderes maiores do que a ciência tradicional seria capaz de admitir.

Seguindo sua linha polêmica, Sheldrake defende que animais têm habilidades que nós, humanos, perdemos. Por isso, têm muito a nos ensinar.

Para pesquisar os casos citados no livro, Sheldrake seguiu três passos. Primeiro, ele e sua equipe entrevistaram pessoas que têm experiência em lidar com animais: treinadores, veterinários, cegos com seus cães-guia, tratadores de zôos, proprietários de canis e gente que trabalha com cavalos. O segundo passo foi espalhar aleatoriamente questionários sobre comportamento animal em residências que possuíam animais de estimação nos Estados Unidos e nos países britânicos. Por fim, alguns casos foram separados para um estudo monitorado. O resultado é um apanhado de casos documentados que surpreende os mais céticos. Como o do cão Jaytee.

Cães que sabem

Jaytee foi adotado por uma secretária de Manchester, Inglaterra, chamada Pamela Smart. Os pais de Pamela percebiam que, meia hora antes de a filha voltar do trabalho para casa, Jaytee se postava em frente à porta de entrada e esperava por ela. Como ele sabia que ela estava chegando? Curiosa com o fato, Pamela entrou em contato com Rupert Sheldrake e se propôs a colaborar com sua pesquisa. Durante 100 dias, ela e seus pais mantiveram um diário duplo anotando detalhes das rotinas de Pam e do animal. Sob a orientação de Sheldrake, Pamela começou a inserir algumas variáveis em seu comportamento para testar a capacidade de Jaytee de antecipar sua chegada. Seria o cheiro? Dificilmente: a dona estava entre seis e 60 quilômetros de casa. Como sentir qualquer cheiro a essa distância no caos urbano? Será que o mascote reconhecia o motor do carro? Tampouco. Pamela começou a voltar para casa de táxi, de bicicleta ou a pé e o cão continuou antecipando sua chegada. Seria a rotina? Também não, pois variações aleatórias de horário não mudaram em nada o fenômeno.

Por fim, Sheldrake utilizou duas câmeras, com os cronômetros sincronizados, para registrar o comportamento de Jaytee e os movimentos de Pamela. Nada menos que 120 fitas foram registradas e analisadas. E revelaram algo ainda mais intrigante. Jaytee não ia para a porta esperar a dona no momento em que ela partia do trabalho, mas no momento em que ela decidia partir. Era como se lesse seus pensamentos. Submetidos ao crivo de outros cientistas, os dados foram considerados insuficientes e passíveis de erro, mas Sheldrake insiste: cães têm poderes extra-sensoriais. E não são só eles: gatos, papagaios, galinhas, gansos, répteis, peixes, macacos, cavalos e ovelhas também os possuem.

Animais que curam

Rupert Sheldrake afirma que, nos templos de cura da Grécia antiga, cães eram tratados como co-terapeutas. A mais importante divindade de cura entre os gregos, Asklépios, costumava manifestar-se por meio de “cães sagrados”. Segundo Sheldrake, até Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, era acompanhado por sua cadela, uma chow, que não era apenas uma companhia ou um animal de estimação, mas parte do processo a que ele submetia os pacientes. Freud acreditava em uma “cura pelo animal de estimação”, nas suas palavras. E, curiosamente, era o animal que avisava quando a sessão tinha terminado.

Sheldrake indica no livro uma série de trabalhos acadêmicos realizados em hospitais e clínicas demonstrando que pacientes que possuem animais de estimação se sentem menos sós, ansiosos e deprimidos. E o bem-estar emocional é um grande aliado de médicos na recuperação de pacientes, porque melhora a resposta imunológica, entre outros benefícios. Segundo o autor, essa interação acontece não por mágica, mas porque animais de estimação oferecem o que poucos humanos são capazes de oferecer: amor incondicional.

Mas o benefício da ligação entre o dono e o animal transcende o mero companheirismo. Segundo o biólogo, os animais cuidam de seus donos, conhecem suas doenças e os ajudam a se tratar, de forma deliberada, como mostram os relatos apresentados em seu livro. Uma mulher do norte da Inglaterra conta que, numa noite de profunda depressão, resolveu se matar tomando uma overdose de calmantes. Seu spaniel chamado William pela primeira e única vez em 15 anos de fidelidade total se colocou agressivamente entre ela e o vidro de remédio, rosnando com fúria e mostrando os dentes. Ela desistiu do suicídio e o cão voltou à mansidão habitual.

Christine Murray, que mora numa cidadezinha perto de Washington, capital dos Estados Unidos, tem uma mestiça de pitbull e beagle chamada Annie. Cerca de duas vezes por semana, Annie pula no colo de Christine e começa a lamber seu rosto furiosamente. Imediatamente, Annie pára o que estiver fazendo e se acomoda no chão. Em poucos minutos, tem um ataque epilético. A cadela não falha. Ela parece saber que a dona vai ter um ataque e a avisa. Há o caso também de uma epilética alemã de Hamburgo que possui um casal de vira-latas. Quando o ataque começa, os dois estão sempre por perto, e um deles tenta se colocar entre a doente e o chão, para amortecer- lhe a queda.

Senso de direção

Desde a década de 1930 o alemão Bastian Schmidt realiza detalhados estudos sobre orientação animal. Ele foi um pioneiro em testar teorias ao abandonar cães em lugares desconhecidos e observar seu comportamento. A observação mais importante colhida por Schmidt foi a de que nos primeiros cinco a 25 minutos o animal não “farejava” o caminho de volta. Ele levantava a cabeça, observava os arredores, como que estabelecendo sua localização. Em seguida, o cão simplesmente sabia a direção de casa – e seguia para lá.

Sheldrake não podia deixar de testar esse poder. O biólogo conheceu, em Leicester, uma collie-de-fronteira mestiça chamada Pepsi que tinha um estranho costume: fugia de casa e reaparecia na residência de algum parente ou amigo do seu dono. No verão de 1996, Rupert Sheldrake instalou um receptor GPS (o sistema de posicionamento global) na coleira de Pepsi e a largou a 3 quilômetros de casa, às 4h55 da madrugada. Às 9 horas da manhã a cadelinha foi achada curtindo um sol tranqüilamente na casa da irmã do seu dono. Cada um de seus movimentos foi registrado pelo GPS. Com a ajuda de um mapa da cidade, Sheldrake descobriu que, assim que foi largada, Pepsi procurou a casa mais próxima conhecida, depois foi para a seguinte e assim por diante. Em pouco menos de quatro horas, já havia passado por 17 lugares guardados em sua memória. Seguindo seu padrão de comportamento, logo ela estaria em casa, pronta para uma nova aventura.

Como animais se guiam? Pelas estrelas, por campos magnéticos? Sheldrake considera essas teorias mecanicistas e ultrapassadas. Cita vários casos de cães que descobriram o túmulo de seus donos sem nem sequer testemunhar a morte deles. E conta a epopéia de Prince, um Irish Terrier que, durante a Primeira Guerra Mundial, saiu de Londres para encontrar seu dono no caos das trincheiras da França (e se tornou uma espécie de mascote das forças britânicas). O que estrelas e campos magnéticos têm a ver com isso?

Telepatia

Rupert Sheldrake afirma que essa ligação entre homens e cães se deve ao longo tempo de convivência entre as duas espécies, que já dura 100 000 anos, quando os primeiros cachorros foram domesticados. Graças a essa conexão, os animais “lêem os pensamentos das pessoas”. Eles parecem sentir quando seus donos precisam de ajuda ou de apoio emocional. Algumas dessas manifestações se revelam em pequenos atos cotidianos. Gatos que desaparecem no dia de ir ao veterinário. Cães que tremem na hora de uma consulta, mesmo que seus donos simulem tratar-se de um simples “passeio”.

Rupert Sheldrake coletou mais de 1 500 casos de supostos contatos telepáticos entre homens e animais. Histórias como a do gato Godzilla, que vive com o relações-públicas David White, em Oxford. Por obrigação profissional, White viaja muito por lugares tão diferentes quanto a África do Norte, o Oriente Médio e a Europa continental. Não importa de onde ou quando David White ligava, Godzilla subia à mesa e ficava ao lado do telefone antes que ele fosse atendido. Mas só nas ligações do dono. Todas as outras eram desprezadas pelo gato. Isso foi testado em várias condições e variações, e Godzilla não falhava. Se o dono liga, ele parece saber. Um caso semelhante ocorre com o cão Jack, de Gloucester: ele também só fica ao lado do telefone quando seu dono liga. Com um detalhe: Jack se manifesta uns dez minutos antes de a ligação acontecer.

A explicação, afinal

Sheldrake é o primeiro a esfriar os ânimos de seus leitores que procuram explicações para esses fenômenos. “Não existe uma conclusão para explicar tudo isso”, diz ele. O que há são hipóteses. E a hipótese do biólogo baseia-se em uma controversa proposição: a teoria dos “campos mórficos”. Segundo Sheldrake, os corpos têm uma espécie de extensão invisível e indetectável, que determina sua forma e seu comportamento. São os campos mórficos. A teoria não pára por aí. Esses campos, diz ele, atravessam o tempo – conectando as coisas entre si – e o espaço – conectando os corpos com outros corpos existentes no passado e no futuro, em um processo chamado ressonância mórfica. “O campo mórfico é um campo estendido no tempo-espaço, assim como o campo gravitacional do sistema solar não está meramente dentro do Sol e dos planetas, mas contém todos eles e coordena seus movimentos”, diz.

A idéia básica é a de que todo ser possui uma marca própria, que se estende não apenas ao seu próprio organismo, mas a tudo com o que esse ser convive. E essa ligação se torna mais forte à medida que essa convivência se repete.

Segundo Sheldrake, a origem do campo mórfico pode estar em um fenômeno que inquietou Albert Einstein, chamado de não-localidade quântica, e que foi confirmado por experiências realizadas na década de 80. Nos experimentos, comprovou-se que duas partículas de luz, ou elétrons, emitidas pelo mesmo átomo continuam de certa forma ligadas entre si, mesmo separadas por uma grande distância. De tal forma que, quando os cientistas mediam alguma característica de uma das partículas, a outra imediatamente modificava a mesma característica.

Os campos mórficos explicam muitos mistérios que desafiam a ciência, como a morfogênese, ou seja, o desenvolvimento da forma e da estrutura de um organismo. Enquanto os biólogos continuam procurando a chave que faz uma perna desenvolver-se como uma perna e não como uma antena, Sheldrake já tem sua resposta. Como uma semente de cenoura se transforma em uma cenoura? Resposta: seu campo mórfico conecta a semente às cenouras passadas, que a precederam, e faz com que ela se desenvolva como uma cenoura. Esse não seria o papel dos genes? Em parte. Os genes seriam apenas um sintonizador de campos mórficos. Como o seletor de canais de uma televisão, o DNA conecta um ser ao seu respectivo campo mórfico. Por esse mesmo raciocínio, admite-se que um jogo de palavras cruzadas impresso em um exemplar de um jornal matutino fica mais fácil de resolver à medida que o dia passa, porque a ressonância mórfica emitida pelas pessoas que o resolveram facilita a tarefa.

Bem, e onde entram os animais? Em termos muito simplificados, esses campos mórficos formam ligações entre seres (e entre seres e objetos) invisíveis aos olhos e ao conhecimento. É como um campo magnético – que nada representa para nós se não tivermos uma bússola. Segundo essa teoria, animais criam campos mórficos com seus donos e sabem como utilizá-los na prática. O gato que sabe que o telefonema é do seu dono está apenas usando seus “sensores de campos mórficos”.

Quando um animal “adivinha” a hora exata em que seu dono vai chegar, estaria usando um recurso de inteligência que nós perdemos. Quando um cachorro quer voltar para casa, ele apenas localiza a extensão do seu campo mórfico e vai em frente. O mesmo princípio vale para o cãozinho Prince, que, de algum jeito, cruzou o Canal da Mancha para reencontrar seu dono no inferno das trincheiras.

Sheldrake acha que sua teoria faz parte de uma evolução natural do conhecimento. “Descartes acreditava que o único tipo de mente era a consciente. Então, Freud reinventou o inconsciente. Daí Jung disse que não existe apenas um inconsciente pessoal, mas um inconsciente coletivo. A ressonância mórfica nos mostra que nossas próprias almas estão conectadas com as almas dos outros e ligadas ao mundo que nos cerca.”

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Shih Tzu

Há uma lenda que define o Shih Tzu como sendo o símbolo do amor impossível entre uma princesa chinesa e um mongol (povo predominante no Tibet). Segundo essa lenda, diante da impossibilidade de realizarem o casamento, o casal resolveu cruzar um legítimo representante da China (o Pequinês) com um de Lhasa (capital do Tibet), este seria o Lhasa Apso. Da união das raças surgiu o Shih Tzu, simbolizando tudo o que há de melhor nas duas culturas e o amor entre os dois povos.
A origem precisa do Shih Tzu é bastante longínqua e se perde em meio a lendas. O nome da raça provém do mandarim, dialeto chinês bastante antigo, e significa ?cão leão?. Acredita-se que os primeiros exemplares da raça tenham sido presentes do Dalai Lama Tibetano ao imperador da China por volta de 1640. No entanto não se tem certeza, realmente, de quais raças contribuíram para seu desenvolvimento em solo chinês uma vez que eram criados praticamente isolados no palácio real. O desenvolvimento da raça é em grande parte devido ao amor de uma das imperatrizes chinesas (Tsé-hi), que durante toda a vida sempre foi cercada por seus cães. Segundo historiadores da raça, os cães da imperatriz eram mantidos num imenso pavilhão de mármore, cercado por cuidados extremos e tendo à disposição uma legião de eunucos, cuja obrigação era zelar pelo seu bem estar.Foi a partir de 1928 que os Shih Tzus passaram a fazer parte das ricas casas das famílias abastadas da China e de algumas poucas famílias no ocidente. Nesta época, no entanto, não havia um único nome para a raça. Eram chamados de Lhasa Terrier, Tibetan Poodle ou Caniche Tibetano, Lhasa Dog e até Cão-crisântemo, o que gerou inúmeras confusões entre os criadores e historiadores, uma vez que eram frequentemente confundidos com o Lhasa Apso. Esta confusão só foi solucionada em 1934, quando a Tibatan Breed Association definiu claramente as diferenças entre ambos: o Lhasa Apso deveriam ser mais compridos e com a cana nasal mais longa do que os Shih Tzus.Com a invasão da China pelo Japão em 1937, a raça praticamente desapareceu de seu país de origem e só não foi completamente extinta graças à atuação dos criadores ingleses, que nos anos 30 tinham importado diversos exemplares. A raça só foi oficialmente aceita pela FCI em 1957 e pelos americanos em 1969, e desde então vem ganhando cada vez mais popularidade, chegando a ser a segunda raça mais registrada no Japão em 1998 e no Brasil, cresce dia a dia. Personalidade: O Shih Tzu encarna com perfeição o modelo de cão de colo e companhia. Apesar de ser um cão de personalidade forte, e que facilmente domina os seus donos, é, entre os cães de companhia, um dos que mais é afeito a horas de colo e à interação com as pessoas da família, apesar de serem menos ativos do que outras raças do mesmo porte, como os Yorkshire. Extremamente dóceis e apegados ao contato humano não são do tipo que exige afagos o tempo todo e muitas vezes pode até se mostrar mais independente, como o seu parente Lhasa apso. Por essa característica também são mais aptos a ficarem por mais tempo sozinhos, sem destruir a casa ou latir em excesso. Seu relacionamento com outros cães e até mesmo com gatos costuma ser bastante bom. Com as crianças podem se relacionar muito bem, desde que as crianças não sejam muito rudes e brutas em suas brincadeiras, caso contrário, pode nunca atacá-las ou demonstrar traços de agressividade, mas certamente vai se afastar tanto quanto possível.

Lhasa Apso

No passado, propriedade exclusiva dos religiosos e dos nobres, o lhasa apso guardava os templos e mosteiros do tibet. Além de sua função de sentinela, acreditava-se que este cão trazia sorte. Era crença geral que após a morte, a alma do dono encarnava-se em seu cão. Por esta razão o lhasa apso era considerado um animal sagrado.
O nome deriva de lhasa, capital do Tibet, a palavra "apso" significa sentinela que late.
O lhasa apso formou-se através do cruzamento entre o terrier do tibet e o spaniel tibetano.
Pela sua estatura pequena, o seu caráter simpático e beleza física em seguida conquistou a simpatia de todos como excelente cão de companhia e guarda. no seu país de origem, pelo menos até a anexação à república popular chinesa, vivia nos mosteiros e os exemplares mais bonitos e valiosos, encontravam-se no "potala", o palácio do dalai lama, e nas casas de ministros e outras pessoas de posição. era impossível obter um exemplar por dinheiro; excepcionalmente, como prova de especial benevolência, podia ser presenteado. também na china, na corte imperial, os que chegavam do tibet eram tidos como oferendas tributárias sendo bem aceitos, e contribuíram para formar a raça shih-tsu.
Os exemplares do lhasa apso, naquele país, são considerados como pedras preciosas. o lhasa apso tanto pode ser uma companhia agradável como um guarda eficiente de casas, principalmente de apartamentos onde o espaço é menor. È um cão dócil mas de grande coragem. dotado de ouvido finíssimo, percebe bem os rumores leves e longínquos e dá o alarme com sua característica voz clara e aguda. por esta razão, na língua tibetana é chamado "apso seng kye" isto é o cão sentinela de latido de leão.
E um cão profundamente quieto, calmo, e não é roedor. é capaz de ficar horas e horas deitado perto de seu dono. muito higiênico. Só faz as suas necessidades nos locais apropriados e ensinados. Nunca "suja " o lugar onde come ou dorme. é um cão que gosta muito de carinho, mas também é de temperamento muito independente , de caráter alegre, cheio de segurança, mas prudente e desconfiado com desconhecidos.
- A raça foi trazida para o brasil pelo criador Denis Duveen por volta de l966.
Primeiros passos para você curtir seu novo companheiro.
Como todo filhote, você deverá ter os seguintes cuidados ao levar seu amiguinho para seu novo lar:
-O filhote deverá ser separado da mãe após 45 dias que é o período de amamentação, mas se possível deixe-o permanecer com a mãe cerca de dois meses, assim ele estará aumentando as suas defesas naturais e sofrendo um estresse menor, pois os cientistas acreditam que animaisseparados de suas mães prematuramente apresentam glândulas supra - renais maiores que o normal, uma concentração de hormônio no sangue mais alta além de imunidadade reduzida. assim este ato garantirá a saúde de seu filhote e evitará que chore muito por sentir a falta do convívio da mãe e irmãos.
- Verifique se onde o filhote ficará não há possibilidades de fuga, queda ou objetos perigosos que possam ser mastigados e digeridos.( ex: bombril, papéis, fio dental, pregos ou material tóxico...etc)
- É aconselhável ter um veterinário de sua confiança , próximo à sua casa e ter seu telefone à mão para qualquer emergência. ele será necessário para as orientações básicas, tais como, indicação de vermífugo, vacinação e alimentação, evitando risco de contágio e de doenças. vacinas e vermífugos devem ser repetidos e controlados pelo veterinário para uma boa saúde de seu amiguinho.
Providenciar uma alimentação forte e adequada para seu filhote principalmente no primeiro ano de vida onde ele vai conseguir uma boa estrutura e defesas orgânicas naturais. um bebedouro e um comedouro apropriados ( de preferência aço inoxidável para não acumular resíduos) que sejam mantidos sempre limpos. a água deverá ser trocada pelo menos duas vezes por dia ou quando você notar que ela está suja.
- Você poderá ter brinquedos apropriados para cães para que ele possa morder. apesar da raça lhasa não ser uma raça roedora, sempre é bom que ele tenha um brinquedinho comestível para estimular a mastigação e manter os dentes limpos e saudáveis. sua cama deverá ser num lugar arejado, protegido do vento e da chuva. o lhasa apso é um cãozinho extremamente higiênico e limpo, pois não faz as suas necessidades onde come ou dorme, por isso é um cão de dentro de casa e/ ou apartamento. não deve ser colocado para dormir fora.
- Sua cama poderá ser uma caminha própria para cães comprada em qualquer loja pet. no entanto, embora ele goste de seu cantinho, o lhasa prefere dormir no chão ou em algum lugar frio, pois ele se sente mais confortável.

Akita

Protetor, prudente, afetuoso e corajoso. Excelente para crianças por ser muito paciente. Late pouco, nunca desnecessariamente, e é muito seguro de si. Este é o Akita, cachorro considerado monumento nacional no Japão. Possessivo com seu território, ele foi, até meados do século 19, propriedade exclusiva de samurais e seus senhores. Na guarda, seu comportamento não é ostensivo, como pode-se observar nos Dobermanns, por exemplo. Seguindo a tradição japonesa, o Akita mantém-se sempre em um local que ofereça boa visibilidade e se desloca apenas se achar necessário.

É também muito apegado ao dono, sendo considerado "cão de um dono só", sofre muito quando abandonado e, muitas vezes, não consegue se adaptar a um novo senhor. Além disso, de acordo com o livro "A Inteligência dos Cães", do especialista Stanley Coren, O Akita tem imensa dificuldade em aceitar ordens de estranhos – o que faz dele um ótimo guardião de propriedades e excelente companhia pessoal.

Lealdade acima de tudo

Uma das histórias mais célebres do Akita, e que ajudou a transformá-lo, definitivamente, em monumento nacional japonês, teve como protagonista um cão chamado Hachiko, na década de 1930.

Todo ano, em 8 de abril, ocorre uma cerimônia solene na estação de trem de Shibuya, em Tóquio. Centenas de amantes de cães se reúnem em homenagem à lealdade e à devoção de Hachiko, fiel companheiro do dr. Eisaburo Ueno, um professor da Universidade de Tóquio.

Em 1924, Hachiko foi enviado a casa de seu futuro proprietário, o Dr. Eisaburo Ueno, um professor do Departamento Agrícola da Universidade de Tóquio. A história dá conta de que o professor ansiava por ter um Akita há anos, e que tão logo recebeu seu almejado cãozinho, deu-lhe o nome de Hachi e, logo em seguida, passou a chamá-lo, carinhosamente, pelo diminutivo, Hachiko. Foi uma espécie de 'amor à primeira vista', pois, desde então, se tornariam amigos inseparáveis! O professor Ueno morava em Shibuya, subúrbio de Tóquio, perto da estação de trem de mesmo nome. Como fazia do trem seu meio de transporte diário até o local de trabalho, já era parte integrante da rotina de Hachiko acompanhar seu dono todas as manhãs. Caminhavam juntos o percurso que ia de casa à estação de Shibuya. Mas, ainda mais incrível era o fato de que Hachiko parecia ter um relógio interno e sempre, às 15h, retornava à estação para encontrar o professor, que desembarcava do trem da tarde, para acompanhá-lo no percurso de volta à casa.

Entretanto, algo de trágico estava para acontecer no dia 21 de maio de 1925. Hachiko, que na época tinha pouco menos de dois anos de idade, à hora certa, lá estava na estação como de costume, pacientemente à espera de seu dono. Só que o professor Ueno não retornaria naquela tarde de 21 de maio – sofrera um derrame fatal na Universidade. Naquele dia, o leal e fiel Akita esperou por seu dono até de madrugada.

Após a morte do professor Eisaburo Ueno, conta a história que seus parentes e amigos passaram a tomar conta de Hachiko. Mas, tão forte era o vínculo de afeto para com seu amado dono, que, no dia seguinte à morte do professor, ele retornou à estação para esperá-lo. Retornou todos os dias, manhã e tarde à mesma hora, na incansável esperança de reencontrá-lo, vê-lo despontar da estação de Shibuya. Às vezes, não retornava à casa por dias.

Foi assim por dez anos seguidos, repetindo a mesma rotina, razão pela qual já era presença familiar e pitoresca para o povo que afluía à estação. E ainda que, com o transcorrer dos anos, já estivesse visivelmente debilitado em conseqüência de artrite, Hachiko mantinha-se firme em sua vigília. Nada nem ninguém o desencorajava de sua peregrinação.

A história teve seu triste clímax em 8 de março de 1935, quando, aos 11 anos e 4 meses, Hachiko foi encontrado morto no mesmo lugar da estação onde, por anos a fio, esperou pacientemente por seu dono.

Hachiko, como não poderia deixar de ser, tornou-se um marco, um referencial de amizade talvez jamais igualável em qualquer era anterior ou futura na história japonesa. Sua lealdade recebeu o reconhecimento de todo o Japão. Em 21 de abril de 1934, um ano antes de sua morte, uma pequena estátua de Hachiko, feita de bronze pelo famoso artista japonês Ando Teru, foi desvelada em sua honra numa cerimônia perto à entrada da estação de Shibuya. Era a memória de Hachiko sendo imortalizada.

sábado, 19 de junho de 2010

O poder dos gatos

Mai pessoas hoje em dia têm gatos? Mais do que o número de pessoas que tem cães?

Aqui está uma série de informações sobre a vida secreta dos gatos. Todos os gatos têm o poder de, diariamente, remover energia negativa acumulada no nosso corpo. Enquanto nós dormimos, eles absorvem essa energia. Se há mais do que uma pessoa na família, e apenas um gato, ele pode acumular uma quantidade excessiva de negatividade ao absorver energia de tantas pessoas. Quando eles dormem, o corpo do gato libera a negatividade que ele removeu de nós. Se estivermos excessivamente estressados, eles podem não ter tempo suficiente para liberar tamanha quantidade de energia negativa, e conseqüentemente ela se acumula como gordura até que eles possam liberá-la. Portanto, eles se tornarão obesos - e você achava que era a comida com que você os alimentava!

É bom ter mais do que um gato em casa para que a carga seja dividida entre eles. Eles também nos protegem durante a noite para que nenhum espírito indesejável entre em nossa casa ou quarto enquanto dormimos. Por isso eles gostam de dormir na nossa cama. Se eles verificarem que estamos bem, eles não dormirão conosco. Se houver algo estranho acontecendo ao nosso redor, eles todos pularão na nossa cama e nos protegerão.

Se uma pessoa vier a nossa casa e os gatos sentirem que essas pessoas estão ali para nos prejudicar ou que essas pessoas são do mal, os gatos nos circundarão para nos proteger. Quando meus gatos começaram a fazer isso comigo, eu não entendia porque eles ficavam em cima de mim ou aos meus pés. Eu soube depois que eles estavam me protegendo. Então, meus ouvidos e meus olhos buscam imediatamente ver a reação dos meus gatos para ver o que eles farão quando alguém entra em minha casa. Se eles correm para a pessoa, cheiram-na e querem ser acariciadas por essa pessoa, eu sei que posso relaxar.

Dívida a resgatar

Se você não tem um gato, e um gato vira-latas entra em sua casa adotando-a como lar, é porque você precisa de um gato em casa nessa época em particular. O gato vira-latas voluntariou-se para ajudar e escolheu você. Agradeça ao gato por escolher sua casa para esse trabalho. Se você tem outros gatos e não pode ficar com o vira-latas, encontre um lar para ele. O gato veio a você por um motivo, desconhecido para você a nível físico, mas em sonhos você pode ver a razão para o aparecimento do gato nessa época, se você quiser saber. Pode acontecer de haver um débito cármico que ele tem que pagar a você.O espírito que o acompanha pode ter feito algum mal a você em outra vida e deve resgatar essa dívida protegendo você nesta vida. Portanto, não afugente o gato. Ele vai ter que voltar de um modo ou de outro para realizar esta obrigação.

BRUCELOSE CANINA

A Brucelose Canina é causada pela bactéria Brucella canis , porém há relatos de infecção por Brucella abortus, Brucella suis e Brucella melitens .
O sexo, a estação do ano e o clima não têm influência na apresentação da doença, mas a idade sim, pois as brucelas são mais infectantes para animais jovens, ainda que possam ocorrer em outras faixas etárias.
A transmissão da Brucella canis dá-se por contato direto com o microorganismo que penetra pelas mucosas. As infecções geralmente começam pela penetração das mucosas da boca e nariz (ato de cheirar e lamber), mucosas conjuntivas ou mucosas genito-urinárias pelo agente. Ocorrem infecções intra-uterinas que frequentemente levam cadelas prenhas ao aborto. Corrimentos vaginais, tecidos placentários e fetos abortados contêm grande número da bactéria . Há relatos de transmissão por meio de fômites, tais como vaginoscópios, seringas contaminadas, transfusão sangüínea e inseminação artificial.
O contato direto com tecidos e corrimentos pós-parto ou pró-aborto é a maneira mais comum de infecção pelas mucosas do focinho e da boca. Os cães machos em reprodução apresentam maiores chances de infectarem-se pelo contato oronasal com as secreções vaginais de uma fêmea no cio contaminada do que propriamente pelo acasalamento embora esta também se dê e tenha bastante importância, pois esse tipo de transmissão é mais efetiva quando um macho infectado acasala com uma fêmea suscetível, pois tais machos expelem grande quantidade de Brucella canis no líquido seminal durante diversas semanas após a infecção inicial. O microorganismo localiza-se na próstata e no epidídimo do macho, portanto são expulsos pelo sêmen e pela urina de forma intermitente num período de dois anos aproximadamente ou mais.
Frequentemente, essas infecções são assintomáticas . Depois que o microorganismo penetra no animal pelas membranas mucosas, ele alcança os linfonodos daquela região ou multiplicam-se dentro dos macrófagos.
Depois disso ocorre uma multiplicação dos microorganismos no animal que pode durar até dois anos ou mais, se o cão não for tratado com antibióticos específicos. Embora a infecção por Brucella Canis seja sistêmica, os cães infectados não terão uma doença sistêmica ou generalizada.

Sinais Clínicos:
Nos cães adultos, a infecção não promove alterações clínicas evidentes, entretanto os principais sinais clínicos da brucelose canina se associam com o trato reprodutor.
Nas fêmeas ocorre aborto depois de 45-55 dias de gestação. Embora o aborto no terço final seja a forma clássica. A interrupção da gestação pode ocorrer em qualquer fase, inclusive morte embrionária precoce, responsável pela causa de infertilidade.
O transtorno mais comum nos machos é a infertilidade. O exame físico revela epididimite em um ou em ambos os epidídimos, podendo ocorrer atrofia testicular e dermatite escrotal. O sêmen dos machos afetados geralmente contém grande número de espermatozóides anormais (80-90%) e células da inflamação, especialmente durante os 3 primeiros meses posteriores a infecção. Os machos cronicamente enfermos podem apresentar azospermia (ausência de espermatozóides). As principais alterações na morfologia espermática são: espermatozóides imaturos, alteração acrossomal, edema de peça intermediária, gotas citoplasmáticas, caudas dobradas, destacamento de peça intermediária e aglutinação de espermatozóides.
Os sinais inespecíficos em ambos os sexos incluem: letargias, perda de libido, envelhecimento prematuro e aumento generalizado dos nódulos linfáticos.

Diagnóstico:
É difícil porque os antígenos de superfície da Brucella produzem reação cruzada com os anticorpos contra outros microorganismos não patológicos comumente ligados aos cães. Portanto, faz-se sorologia utilizando, principalmente, material do exsudato vaginal, mas também pode ser feito do sangue, leite ou sêmen dos cães infectados.

Tratamento:
É difícil e oneroso. Até o momento não se conhece tratamento eficaz, fazendo-se uso de antibioticoterapia, a bacteremia cessa e há declínio do nível de anticorpos circulantes, o que não significa erradicação da doença, pois se interrompendo a administração de antibióticos o animal volta a ser soropositivo.

Profilaxia:
Não existem vacinas disponíveis. A prevenção depende do exame de todos os cães antes do acasalamento, inseminação ou ingresso de outro animal no plantel e do controle sorológico com castração e isolamento de cães positivos.
As fêmeas devem ser examinadas várias semanas antes do cio.
Recomenda-se testar todos os animais do plantel anualmente, ou quando surgem problemas como abortamentos ou falhas reprodutivas.
É importante salientar que a brucelose é uma zoonose, portanto, é preciso oferecer especial atenção aos funcionários do canil que cuidam dos animais, pois estes, além de terem o risco de se infectar podem funcionar como fontes de infecção. Assim, cuidados na manipulação dos animais e higiene rigorosa do canil devem ser aplicados.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Oscar

Gato 'prevê' morte de idosos em clínica nos EUA

A suposta habilidade de um gato dos Estados Unidos de prever quando um dos moradores de uma clínica para idosos vai morrer está surpreendendo médicos e até levou um cientista a estudar o comportamento do felino.

O gato Oscar tem o hábito de se aninhar perto de pacientes em Providence, no Estado de Rhode Island (nordeste do país), em suas últimas horas de vida.

Segundo o autor do estudo sobre ele, publicado na revista de medicina New England Journal of Medicine, o gato de dois anos teria acertado suas previsões de morte em mais de 25 casos até o momento.

Funcionários contam que ele faz suas próprias rondas pela casa, como os médicos e enfermeiras que trabalham no local.

"Não é que o gato é sempre o primeiro a aparecer", disse Joan Teno, professora de uma universidade local que visita pacientes na clínica. "Mas o gato sempre consegue fazer uma aparição, e é sempre nas últimas duas horas (de vida da pessoa)."

Oscar foi adotado quando ainda era filhote no Centro de Reabilitação e Casa de Repouso Steere House.

Depois de terem testemunhado tantas vezes os "poderes" do felino, os funcionários da clínica agora avisam os familiares dos moradores quando Oscar se senta perto de algum dos moradores.

"Gatos geralmente podem sentir quando seus donos estão doentes ou quando outro animal está doente", disse Thomas Graves, especialista em felinos da Universidade do Illinois, à BBC.

"Eles podem sentir quando o clima vai mudar, são famosos por serem sensíveis a premonições de terremotos", acrescentou.

terça-feira, 1 de junho de 2010

CASTRAÇÃO QUÍMICA: POLÊMICA EM VISTA

Trazendo à tona mais um tema polêmico com vistas à informação de proprietários e bem estar de animais, abordaremos um novo método de castração em cães machos, desenvolvido por estrangeiros e adaptado ao país por uma empresa do interior de São Paulo. A castração química consiste em uma única aplicação intra-testicular (uma em cada) de um produto à base de gluconato de zinco, cuja ação remete á inflamação lenta e gradativa das células testiculares, interrompendo sua irrigação e proporcionando posterior fibrose do órgão, tornando-o inútil.

O produto foi apresentado às entidades (CRMV-sp/ ONGs protetoras/ prefeituras…) em evento no início deste mês e, como não poderia deixar de ser, muitas dúvidas pairaram no ar. Desde o embasamento científico que justificasse o registro do produto junto ao ministério da agricultura , passando pela sua aplicação que não exige a presença do veterinário ou sequer um procedimento de sedação/ anestesia até o alcance do objetivo em que ninguém cita o fator “dor”.
Como pode ser possível a aprovação de tal produto para aplicação em larga escala sem conhecimento mais detalhado acerca de seus efeitos colaterais a longo prazo? No trabalho científico apresentado para justificar o uso do produto, foram analisadas aplicações em apenas 11 cães. Uma amostragem muito pequena que provavelmente precede conclusões antecipadas.

Mesmo que apenas veterinários aplicassem o produto, o risco de formação de fístulas drenantes e abcessos já seria muito grande. Caso leigos e donos de pet shop resolvam aplicar, a incidência deverá ser muito maior. No caso de complicações pós-aplicação o tratamento consiste justamente na castração.

Ainda sobre os efeitos deste processo, devemos ter em mente que não é possível a medição da dor, processo este também subjetivo aos animais. Será que dói uma agulha entrando em nosso testículo e injetando um líquido que irá inflamá-lo durante semanas? Ou seja: um provável processo doloroso e crônico. Além da possibilidade do desenvolvimento de um tumor!

Ora, creio que seja o sonho de consumo de ONGs e de muitos envolvidos com o conceito de posse responsável, a possibilidade de esterilizar um animal a baixo custo e sem pós-operatório. Produtos melhores e desenvolvidos através de grandiosos estudos são usados em outros continentes, porém com custo maior. Ou seja: a mentalidade de terceiro mundo continua. Existe um contentamento em se utilizar um produto não importando seus meios de produção, efeito e conseqüências, mas sim valorizando seu preço. Sua maior qualidade é ser barato?

Por um lado enxergo uma situação interessante, pois o primeiro passo foi dado e a criação de um contraponto é importante e visa a melhorias que agradem ao bom senso de todos. Mas, para isso, governantes devem estar dispostos a ouvirem as classes protetoras dos animais.

A alegação das entidades que se posicionam contra o produto é que o ministério da agricultura não revela as informações desse trâmite detalhadamente. O fato é que em sua apresentação foram distribuídas 10 mil doses gratuitamente, inclusive à prefeituras do interior do estado. Gentileza que pode custar caro lá na frente.

Prefeituras diminuem a taxa de reprodução de animais de rua, cai o índice de doenças como a leptospirose, sobe o idh de municípios, secretárias de saúde se gabam de (segundo a opinião deles) utilizarem um método humanitário para castrar os cães, contratos milionários são fechados enriquecendo mais um laboratório. Negócio lucrativo e rentável para todos. Exceto para o cão que é quem vai pagar o pato. Por enquanto, vamos acompanhar a dupla lá de cima e continuar rezando.

Pulgas – Como Acabar Com Essa “Praga”?

Pulga é o nome comum dos insectos sem asas da ordem Siphonaptera. As pulgas são parasitas externos que se alimentam do sangue de mamíferos e aves. Estes animais podem transmitir doenças graves como o tifo e a peste bubónica.


Elas afectam normalmente animais de estimação, como o gato, o cachorro, entre outros. Além de provocarem incômodo pelas picadas, transmitem vermes, parasitas sangüíneos e podem induzir a processos alérgicos, diminuindo a qualidade de vida dos animais. Uma pulga é capaz de pular a um metro de distância, o equivalente, em proporção de tamanho, a um humano saltar o comprimento de um campo de futebol.

Como acabar com elas:
Para avaliarmos a extensão da infestação, faça um teste simples: dê um banho antipulgas no seu animal e procure certificar-se que foram mortas todas as pulgas. Após secá-lo bem, solte-o na casa, mas não o leve para a rua. Uma hora mais tarde, verifique se o seu cão está com pulgas.
Considere:
- Nenhuma, uma ou duas pulgas foram encontradas: seu cão tinha uma pequena infestação e, provavelmente, pegou num passeio. Neste caso, o ambiente ainda não está infestado.
- Várias pulgas foram encontradas: sua casa possui um ou mais focos de pulga. O ambiente tem que ser tratado, assim como o cão.

Sabendo agora o nível de infestação do cão e da casa, tomamos as medidas necessárias:
Na casa: dedetização, 2 aplicações com intervalos de 3 a 4 semanas, ou uso semanal, no ambiente, de produtos anti-pulgas da linha veterinária (consulte o seu veterinário), até acabar com a infestação. No caso de optar por uma empresa que faça a dedetização, procure retirar o animal do local por 48 horas, no mínimo.
No cão: banhos anti-pulga semanais e aplicação de produtos anti-pulga tópicos de longa duração, a critério do seu veterinário.

Como prevenir a infestação de pulgas:

•Banhos anti-pulgas freqüentes (quando for possível);
•Uso de produtos anti-pulgas de longa duração em gotas para aplicar topicamente, spray ou por via oral (comprimidos);
•Deve-se evitar o uso do carpete em casas que têm animais. Pisos “frios” e bem rejuntados, sem frestas, evitam a proliferação das pulgas;
•Usar produtos anti-pulgas nas casinhas dos cães periodicamente. Tapetes ou cobertores de uso dos animais devem ser lavados com freqüência;
•Tosar os animais nas épocas mais quentes, para se controlar melhor as pulgas e facilitar os banhos;
•Alguns locais como praças, canteiros e jardins, podem ter focos de pulgas, por serem freqüentados por muitos animais. Se você perceber que o cão volta se coçando dos passeios, evite esses locais.
•Sempre que seu animal tiver uma infestação de pulgas, você deve consultar o seu veterinário para que ele prescreva um vermífugo. As pulgas podem transmitir vermes e causar anemia, além de perturbar e até mudar, temporariamente, o comportamento do seu animal, que vai ficar mais irritado, impaciente e exausto de tanto se coçar. Alguns cães chegam até a se mutilar, causando ferimentos graves pela coceira, além de poder causar doenças. Além de poderem causar dermatites alérgicas. Ao picar, a pulga libera uma substância anticoagulante, que causa coceira, inchaço e irritação.

Passaporte para animais

Os donos que não conseguem desgrudar dos animais de estimação nem mesmo na hora de viajar ganharam uma ferramenta que promete facilitar a liberação dos bichinhos nos passeios. Quando entrar em vigor, o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos será emitido gratuitamente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e reunirá em um só documento todas as informações necessárias para que os animais possam transitar com segurança.

O passaporte é opcional e vale para viagens internacionais e nacionais, mas apenas animais que tiverem o microchip de identificação poderão receber o documento.

O decreto nº 7.140, que institui o uso do passaporte, entrou em vigor em 30 de março, mas ainda aguarda regulamentação. O objetivo é que os donos economizem tempo e dinheiro, considerando que o documento só será emitido uma vez e valerá por toda a vida do animal.

Informações essenciais, como o teste de titulação dos anticorpos da raiva, a carteira de vacinação e o Certificado Zoosanitário Internacional (CZI) - que antes eram adquiridos em papéis diferentes - ficarão somente no documento.

O passaporte será individual e intransferível e deverá conter informações como nome e endereço do dono, registro do bichinho no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) e exames exigidos pelos países de destino.

O ministério vai divulgar em sua página na internet (www.agricultura.gov.br) a lista de países que aderiram ao modelo brasileiro de passaporte - o trânsito entre esses destinos também será livre de burocracia.

O decreto que institui o documento prevê ainda que o animal receberá, obrigatoriamente, uma identificação eletrônica: um microchip do tamanho de um grão de arroz, a ser implantado no corpo. Apenas clínicas veterinárias cadastradas podem realizar o implante, que custa entre R$ 70 e R$ 100, e vale por toda a vida do animal.

O veterinário Paulo Henrique Cândido alerta que alguns cuidados não devem ser dispensados pelos donos que levarem os bichinhos em viagens: o bichinho deve estar com as vacinas em dia e deve estar em jejum para não ter problemas.

De acordo com a coordenadora substituta do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), Rogeria Oliveira, caso o dono opte por não ter o passaporte, o procedimento será o mesmo de antes: requisitar a emissão do CZI, que será cobrado sempre que se sair do país, e do Atestado Sanitário para Cães e Gatos, toda vez que se ingressar no Brasil.

ATENÇÃO!
Embora a lei tenha entrado em vigor, o passaporte ainda não está disponível. Enquanto isso, os animais que viajarem para o exterior deverão estar acompanhados do CZI para serem aceitos nos países de destino.

Postado por Leandro Rodrigues às 15:47, em 25 25America/Sao_Paulo maio 25America/Sao_Paulo 2010

O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA VIAJAR COM SEU BIXINHO

Animais precisam de "passaporte"


1. Informe-se no consulado do país que ver visitar sobre quais são os documentos necessários.

2. Ao pegar as informações, informe a raça e a espécie do animal. A legislação varia bastante.

3. Procure consultar o Ministério da Agricultura e o órgão responsável pela fiscalização ecológica do país.

O QUE O BRASIL EXIGE DOS ANIMAIS ESTRANGEIROS

1. Certificado de que o animal não sofre de raiva.

2. Guia do GTA (guia de transporte animal), fornecido pelo Ministério da Agricultura do país de origem.

3. Atestado que o animal não tem doença infectocontagiosa.

4. Aprovação de todos os documentos pelo consulado.

5. Autorização prévia do Ministério da Agricultura e do Ibama para o embarque.

6. Verificar se o animal é classificado como selvagem pelo Ibama. Se sim, não pode entrar no país.

COMO VIAJAR COM O ANIMAL DENTRO DO BRASIL

1. Tenha a Guia de Transporte Animal (GTA)para os animais domésticos. A guia tem validade de sete dias, para apenas um sentido da viagem.

2. O animal deve viajar dentro derecipiente adequado a seu tipo e tamanho, à prova de fuga ou vazamentos. Fêmeas em período de gestação não podem viajar de aviao.

3. Faça reserva para o animal com no mínimo 48 horas de antecedência.

4. No embarque tenha em mãos um atestado de sanidade animal, fornecido pela Secretaria Estadual de Agricultura, por algum posto do Departamento de Defesa Animal, ou pelo veterinário.

5. Apresente o comprovante de vacinação anti-rábica para animais com idade acima de quatro meses, com o nome do laboratório produtor e número de partida da vacina. A vacina deve ter sido aplicada num período mínimo de 30 dias e máximo de um ano, antes da viagem.

6. Normalmente, os animais são transportados no compartimento de cargas. Podem viajar na cabina em casos muito especiais e com pagamento de taxa suplementar. As exceções valem para cães treinados acomopanhando deficientes visuais, por exemplo.

7. As companhias aéreas exigem que o animal tome um calmente quando viajar na cabina. O passageiro tem que apresentar a receiba veterinária, com a dose de tranquilizante e o horário em que ele deve ser aplicado.